Truly Madly Deeply, capítulo 8

Inglaterra, dois dias após o sequestro

- Será que ela está viva? - S/n ouvia vozes masculinas ao seu redor.

- Bom, ela está respirando... Acho que isso é prova suficiente pra dizer que ela está viva... - Uma outra voz masculina fala.

- Mas, ela pode estar respirando e sem vida...

- Como isso é possível, Harry?

- Bruxas fazem isso o tempo todo!

- As bruxas deixaram de existir faz quase um século!

- Mas tem gente falando que viu bruxas andando na floresta de Bluestorm...

- Ninguém vai pra Bluestorm... Só pessoas loucas.

- Existe loucos pra tudo nessa vida, Liam.

- O que...- S/n tenta falar algo, mas sua boca estava seca demais e ela exausta.

- Olha, ela 'tá acordando, Liam!

- Eu já vi, Harry... Anda, me ajuda a levantar ela.

S/n abre os olhos lentamente, sua visão estava embaçada e, portanto, só conseguia ver borrões. Sente suas costas serem levantadas e logo em seguida serem encostadas em algo macio. Seu corpo ficou, tecnicamente, sentado e sua visão foi melhorando. Quando finalmente pôde ver alguma coisa, se depara com dois homens a olhando com curiosidade:

- Q-Quem são vocês? - Disse S/n com a voz ainda um pouco fraca.

- OLHA! ELA FALA! - Gritou o guri de cabelos cacheados.

- Harry, por favor, tenha modos. Não está vendo que a garota está confusa? - Liam suspira, como um sinal de reprovação a ação do amigo. - Me desculpe por isso, ele normalmente é mais educado. - Ele disse apontando para o amigo. - Sou Liam Payne e esse é meu amigo Harry Styles.

- Prazer em conhece-lá! - Disse o tal Harry Styles.
- Como você se chama? - Perguntou Liam.
- Me chamo... S/n - Ela responde um pouco envergonhada.
- Hey, acho que já ouvi esse nome em algum lugar...
- Várias pessoas se chamam assim, Harry.
- Ah! Já sei, ouvi seu nome lá no...



Alguém bate na porta e Harry vai atende-la, fazendo um sinal para esperar:

- Hey Zayn! O que que aconteceu? Que cara é essa? - Perguntou Harry para o cara que veio visitá-los.

Zayn era moreno, tanto na cor da pele tanto na cor do cabelo. Tinha os olhos castanhos bem claros, capazes de tirar o fôlego de qualquer garota. Sua voz era calma e firme ao mesmo tempo. S/n aproveitou a ausência do outro amigo para reparar no lugar aonde estava. As paredes pareciam ser feitas de terra, como raízes saindo de alguns cantos das paredes. S/n estava na sala da casa, com uma prateleira ao lado da janela oval e um sofá, acompanhado com três poltronas. Era bem... Aconchegante... E quentinho. Seus sentidos voltavam aos poucos, e S/n pôde sentir um cheiro de pão assando.

- Ok, espere aqui. - Disse Harry para Zayn - Liam, aonde está o kit de primeiros socorros?
- Está em cima da estante de livros! - Gritou Liam para Harry, esse estava em um quarto fuçando em algumas gavetas.

Enquanto Harry ia entregar os primeiros socorros para Zayn, Liam volta a olhar para S/n:

- Então... - Liam começou a dizer, limpando a garganta - Você é de onde?
- Da Irlanda... - S/n disse ainda um pouco confusa.
- De qual reino?
- Blueflowers...
- Oh! VEJA, HARRY! ELA É DE BLUEFLOWERS! - Berrou Liam para o amigo que já estava voltando.
- Então talvez ela possa nos ajudar! - Disse Harry empolgado.
- Érr... Ajudar?
- Ééé, vamos lhe contar uma coisa importante, mas antes, prometa que não irá contar pra ninguém! - Disse Harry.
- Não contarei!
- Ótimo, só um instante! - Disse Liam se levantando. Harry fez o mesmo.

Os dois começaram a fechar janelas e cortinas. Liam foi para a porta verificar se não havia ninguém nos escutando:

- Muito bem - Disse Liam voltando a se sentar -, eu e Harry fazemos parte de um grupo de rebeldes secreto.
- Rebeldes? - Perguntou s/n um pouco mais interessada no assunto.
- Exato! Queremos tirar o rei tirano de Devileyes do poder e finalmente mudar o nome do nosso reino. - Disse Harry sussurrando um pouco.
- Continuem... - S/n disse um pouco mais interessada no plano.
- Ficamos sabendo que a princesa de Blueflowers veio para cá visitar o rei. E queremos sequestrá-la!
- Não diga assim, "sequestrá-la", Liam. Soa um tanto grosseiro. Queremos raptá-la! - Harry disse franzindo a testa.
- 'Tá, que seja, assim que capturarmos a princesa iremos comunicar imediatamente a realeza de Blueflowers, que ficarão preocupadíssimos ao saber que sua filha está presa e iremos fazer um acordo com eles. - Disse Liam.
- Um acordo que beneficiará tanto nosso grupo tanto o reino de Blueflowers. - Completou Harry.
- E esse acordo seria? - S/n ficara um pouco tensa ao ouvir a frase: "Queremos raptá-la".
- Mandar tropas para lutar contra as tropas de Devileyes e assim conseguir esse reino para eles, formando uma aliança conosco, é claro. - Explicou Liam.
- E o que faz vocês pensarem que isso irá dar certo? - Perguntou s/n.
- Acha que não sabemos o que está acontecendo em Blueflowers? Sabemos do acordo que Blueflowers fez com Greentrees, e nessas horas os dois reinos devem ter se unido, formando um reino grande e com tropas fortíssimas, teremos uma grande vantagem se nos unirmos a ela, como você deve saber, as tropas de lá são velozes e fortes e se juntar as tropas de nosso grupo com as tropas de lá, venceríamos sem muitas perdas. Será a vitória da história! - Disse Liam com seus olhos brilhando de esperanças.
- E aonde eu entro nesse plano?
- Você vai ser a nossa guia para conseguirmos chegar em Blueflowers! - Disse Harry.
- Hmm... - Murmurou S/n - Sem querer ser pessimista, rapazes, mas acho que o plano de vocês não irá funcionar...
- E por que você acha isso? - Perguntou Liam.
- Porque a princesa não está mais no castelo...
- E como sabe disso? - Liam estava desconfiado.
- Porque... Porque vim de lá do castelo, eu era uma das empregadas que foi traficada... E... Estava tentando fugir... Antes de eu conseguir fugir, ouvi dizerem pelo castelo que a princesa já estava de partida... - Respondeu S/n.
- Isso é verdade Harry? - Harry estava com a mão sobre o queixo,olhando fixamente para S/n, parecia tentar lembrar de algo.
- Não sei, não ouvi isso de qualquer funcionário do castelo... - Respondeu Harry, ainda pensativo.
- Como assim? - S/n perguntou confusa.
- Harry trabalha no castelo, é nosso espião. Ficamos sabendo de tudo que se passa no castelo por ele...

Um arrepio percorre subitamente pelas costas de S/n, não queria ser raptada, presa, ou qualquer coisa parecida. Embora simpáticos, os garotos não pareciam confiáveis à ela. Tentando disfarçar a aflição, S/n olha para Harry esperando sua resposta:

- É... Não lembro de ter ouvido isso, - Diz Harry, finalmente. - mas se ela está dizendo, acho que não tem problema em confiarmos nela. Ainda precisamos de sua ajuda.
- Exato, você ainda é de Blueflowers, deve conhecer cada rua de lá. - Disse Liam, todo sorridente.
- É... Mais ou menos - Disse S/n sussurrando.
- Desculpa, não te ouvi - Disse Liam.
- Não, não era nada.
- Ok, Harry, prepare um banho pra ela que eu vou até a casa de Zayn pegar umas roupas pra ela.

Harry responde um "Está bem" e vai para um cômodo da casa preparar o tal banho, enquanto isso Liam saía pela porta indo para a casa do tal Zayn, que a pouco estava ali. S/n começou, mais uma vez, a reparar no ambiente em que estava e, antes que percebesse, focava sua visão em Harry, que procurava uma toalha e uma esponja para ela. Harry era, digamos, maravilhoso. Seus olhos verdes eram como esmeraldas, brilhavam intensamente. Seus cabelos eram cacheados e sua pele parecia tão... Macia, e exalava um perfume natural que a arrancava silenciosos suspiros toda vez que ele passava por ela. Harry, realmente, era um homem e tanto...

Blueflowers, 3 dias após o sequestro.

O rei andava preocupado. Não queria fazer isso, mas era necessário. O guarda enviado junto ao príncipe de Greentrees havia fugido com sua filha, e ainda não se tinha notícias de sua pequena:

- Galeno... - Chamou Amélia, calma.

- As tropas já estão se preparando? - Um tanto rude, respondeu Galeno, ainda virado para a janela, olhando para o horizonte.

- Sim... Estão quase preparados para partir, só falta os suprimentos para a viagem. - Respondeu a rainha, abaixando a cabeça. - Galeno... Tem certeza de que essa é a coisa certa a se fazer?

- Claro! - Respondeu o rei prontamente. - Aquele guarda desgraçado fugiu com nossa filha! Não tenho dúvidas de que foi o rei de Greentrees que ordenou que a capturassem, eles terão que pagar!

- Mas, sei que pode haver outra forma de resolvermos isso!

- E o que você sugere, Amélia? - Se alterou o rei. - Que convidemos aqueles traidores para virem até nosso reino para tomarem uma xícara de chá enquanto discutimos sobre a guerra!? Não seja tola, Amélia!

- Sabe muito bem que não foi isso que quis dizer! - Se irritou a rainha. - Essa guerra vai causar muita miséria e mortes em ambos os reinos, você sabe muito bem disso!

- Claro que eu sei! Mas não há outra coisa que eu possa fazer! Tente compreender, Amélia! Eu e aquele rei tínhamos um acordo e aquele miserável simplesmente arruinou com ele! O que você acha que nossos ancestrais pensariam se não fizéssemos nada?

- Eu não disse para não fazermos nada! Só não quero que tomemos decisões precipitadas! Devemos esperar por notícias vindas de nossa filha! E não que iniciaremos uma guerra sem nem aos menos sabermos de todos os fatos corretamente! Tente ser racional, Galeno!

- O que te faz ter tanta certeza de que nossa filha está tão segura?

Amélia suspira, cansada:

- Eu não tenho certeza de nada, Galeno... - Ela se aproxima do esposo. - Pelo contrário, estou tão preocupada conto você, quero que nossa filha volte logo, todos nós queremos..! Eu só não quero acabar com um reino destruído à toa... Não quero que nosso povo pague por uma coisa que nem eles nem nós sabemos direito... Sinto que essa guerra vai tonar tudo pior... - Galeno olha para os olhos de Amélia, essa começara a chorar sem nem ao menos perceber.

- Amélia... - O rei a abraçara, beijando sua testa.

- Senhor! - Interrompeu um guarda. - D-Desculpe interrompê-los...

- Não se desculpe, meu caro. Sei que não teve a intenção, pode dar seu recado... - Disse o rei, se soltando de Amélia. Essa segura seus braços, abraçando a si própria.

- Queria lhe informar, Majestade, que suas tropas já estão prontas para partir à expedição. - O guarda disse, se curvando diante das Majestades.

- Ótimo, eu vou preparar minhas bagagens e logo após isso partiremos para a expedição. - Disse o rei indo em direção à porta.

Amélia o impede de continuar segurando uma de suas mãos:

- Galeno... - Ela disse, olhando no fundo de seus olhos. - Por favor...

Galeno para e devolve o seu olhar para Amélia. Ambos cansados de discutir e preocupados a todo os instantes:

- Senhor...? - Perguntou o guarda, que esperava pelo rei na porta.

Galeno olha para o rosto de Amélia. Amélia não era jovem, mas ainda tinha a mesma beleza de antes, seu rosto, para ele, era o mais bonito de todos os reinos que existem, ele a amava e odiava a ver chorar:

- Me desculpe, Amélia...

Assim que disse isso, soltou a mão da rainha e finalmente terminou seu trajeto até a porta, deixando para trás sua amada rainha. Amélia, ao ouvir a porta se fechar se entrega ao choro, que antes a sufocava. Caiu de joelhos e tampou os olhos com suas delicadas mãos, sabendo que o pior estava para chegar, e não demoraria muito...

«Capítulo Anterior                                                                                                                                         Próximo Capítulo »             

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

IAEEEEEEEEEEEEEE MEU POVO! VOLTEEEEEI! UHUUUUUU \o/ Cara, essa capítulo ficou grande BAGARAI! PORRA! Até eu me impressionei, tive que colocar um "Leia Mais" na bagaça, se não o capítulo ia tomar a página toda! HEUHEUEUHE. Enfim... Gostou do capítulo, meu jovem? Pois então comente! Críticas, elogios, sugestões, também são bem vindos. Me desculpem pela MEGA demora da atualização, meu tempo anda muito apertado recentemente, trabalhos de mais, pressão de mais, sabem como é, né? Claro que vocês sabem, devem sofrer com isso também... Mas eu sofro mais... Bom, My Protector, sai em breve, quando minha criatividade resolver aparecer... Se tudo der certo nesse final de semana eu posto O ÚLTIMO CAPÍTULO DESSE AMADO IMAGINE... Buá... Era só isso, 'té mais, curicas!